quarta-feira, 27 de junho de 2012

Florbela

Hoje publico um texto que escrevi há cinco anos, em homenagem à magnífica Florbela Espanca. Espero que gostem. Abraços!


Florbela

Calhou entre mágoas e trabalhos
O acaso de colocar ante os meus olhos
Teus versos tristes e ricamente vários
Que apertaram minh’alma e até os ossos

Não bastasse adivinhares minha dor
Tinhas os mesmos vinte e três anos que hoje tenho
Sofreste como eu sofro o mesmo amor
E tiveste em teus amores mesmo empenho

E minhas mágoas mais leves hoje trago
Neste coração (que carrego ainda aziago)
Pois ganhei na dor companhia garantida

Que abraçando quem a vida enterrou
Com seus versos docemente acalentou
O poeta que em mim jazia já sem vida...


(15.01.2007)

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