quarta-feira, 20 de junho de 2012

XXX

Para os meus 0,5.π.√2 leitores, que achavam que eu havia desaparecido de vez, e, que, certamente, aguardavam ávidos por mais uma gota desse meu cinismo, trago mais um poema novinho em folha cheirando a mofo. E, por falar em Mofo, estive ontem neste bar na Lapa, o que não tem absolutamente nada a ver com o texto, mas como meus poemas costumam ter mais um quê de etílico do que de estilo, então, no fim, tudo está relacionado.

Sexo oral

Ninguém é tão profundo
Quanto possa parecer

Ninguém é tão raso
Que não se possa penetrar

Ninguém é tão claro
Que não se possa crer

Ninguém é tão líquido
Líquido, líquido
Liquido

Louvada a luz lânguida
A nos libertar
Lívida, libidinosa,
Lírica

Ah, luxuriosa e luxuosa
Língua...

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