quinta-feira, 11 de março de 2010

Sem gelo, por favor

É, eu gosto de tomar uma cerveja, um vinho, uma caipirinha – é, um uisquinho de vez em quando. Vocês entenderam - eu gosto de uma birita! Não bebo por moda, nem para aparecer, bebo porque gosto. Bebo socialmente, politicamente, intelectualmente e, dependendo da quantidade, até espiritualmente. Hoje em dia, nem tanto. Já bebi a minha cota. Agora, só de vez em quando, mas ainda sou apaixonado por vinhos. Na verdade, isso tudo é desculpa para apresentar um poema novo que escrevi, que sequer fala de bebida, contudo, tem este título:

Sem gelo, por favor

Minha palavra é palha
Eu sou agulha
Me perco, me embolo na fala
Mistura
De farinha pouca e de feijão ralo
Minha palavra miúda é calo
Na língua
É íngua
Que me acaba
Me mata
Migalha farta
Em mesa vazia...

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